Home » Colunas » Louveirando » Louveirando: Uma rua sem saída

Louveirando: Uma rua sem saída 4m652t

Coluna de João Batista

Uma rua sem saída 1r3n6o

por João Batista 1iq2b

Louveira, se fosse uma rua, seria uma rua com saídas, sim no plural. Mas me chama bastante a atenção o tanto de ruas sem saída que existe por aqui. Eu, sempre que me encontro em uma rua sem saída, sigo até o final para confirmar se procede, e, pouquíssimas vezes, há uma saída nesta rua. Não sei se forçada pelos moradores ou a placa é enganosa, mas seja qual for o caso, é muito engraçado. Claro que as saídas muitas vezes cabem apenas uma pessoa, e não um carro por exemplo, mas bicicleta sim.

Outro dia fui à casa de um amigo que mora em uma dessas ruas aqui na nossa cidade, e fui até o final da rua. No final, a rua desemboca em uma chácara, que ao que parece, olhando de longe há uma saída no final da chácara, mas não para mim, com certeza. Fiz a manobra e voltei por onde vim. Ri bastante de nós humanos, que sempre achamos que temos uma saída, e, concordei que sim, embora muitas vezes não seja a saída que desejamos.

Essas primaveras, por exemplo, não se preocupam com isso, pois estão ali e vivem muito bem repartindo a beleza de suas flores e cores com todos que por ali am. Garanto que muitos nem as veem, e elas nem ligam, e outros que as veem e até as fotografam, não sei se elas ligam também. Mistérios das coisas belas que existem naturalmente belas.

Para mim, é sempre gratificante observar as cores em todas as suas matizes, dando às minhas retinas e cérebro a oportunidade de manterem a funcionabilidade (palavra quase feia e não formal em nossa língua). Mesmo não sendo primavera, falo aqui da estação, há primaveras bem cuidadas nas casas das pessoas de bom gosto; não que somente isso defina bom gosto, mas com certeza, já é um sinal. Caminhar por Louveira é percorrer caminhos e lugares, vislumbrar coisas e casas, águas e plantações, pessoas e animais, céus e cores, enfim, esta cidade é mágica.

Se conselho é bom? Depende muito de quem emite e de quem recebe, digo eu. Mas mesmo assim, ouso aqui te dar um conselho: caminhe por nossa Louveira com os olhos, a mente e o coração bem atentos. Quanto avistar ou se deparar com algo que não te agrada, pense numa forma de melhorar o teu olhar ou este algo que não te agrada. No entanto, quando algo te agradar, sorria muito, se sinta feliz e conserve-o para que todos desfrutem disso, dessa sensação de alegria, lembrando sempre que há variações de gostos e de desgostos, e também que o bem comum deve sempre prevalecer.

Louveirando: Uma rua sem saída
(Imagem: João Batista)

O conteúdo deste post, incluindo texto, imagens ou qualquer outro tipo de mídia, é de responsabilidade exclusiva do autor e não reflete necessariamente a opinião deste site.

Gostou? Compartilhe!