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Coluna de João Batista

Louveirando: O Fio da Meada

(imagem: João Batista)

O Fio da Meada 2k363p

por João Batista 1iq2b

“Por agora é o que temos”. “É assim mesmo”. “Não muda nunca”. São frases que ouço muito e repudio, por considerar de um conformismo exacerbado da nossa parte, quando concordamos. Como?! Bem, considerei isso quando fiquei sem internet por dois dias, liguei na operadora e me deram uma data limite para que a internet fosse restabelecida. Por considerar que nos dias de hoje a internet é essencial, fiquei meio “assim, assim”, num turbilhão de pensamentos, entre xingamentos leves e decepção morna, por eu também as vezes pensar “que é assim mesmo”. Levei um susto com esta constatação! Por isso também me pus a meditar no que eu poderia fazer para mudar isso.

Pensei em ser mais atento às leis, tanto as civis quanto às morais, que muitas vezes amparam o nosso comportamento em relação às leis civis. Aqui tratarei de algumas observações sobre o nosso comportamento no dia a dia, pelo que observo em nossa Louveira. Estacionar em locais proibidos é o que mais me chama a atenção, e, vejo isso todos os dias, inclusive em frente ao portão da minha casa. Também observo em muitos lugares, e outro que me chama muito a atenção, é se estacionar em locais proibidos, em baixo das placas, aquelas que significam não estacione, ao redor das igrejas, de muitas denominações, quando os fiéis estão participando de alguma celebração religiosa. Que Deus os perdoe!

No caso da minha rua, como conheço muita gente, ouço sempre “só um minutinho meu amigo, saio já”. Já questionei com alguns o significado da palavra “já”. Sempre aparece um sorrisinho de canto de boca como resposta. Eu, cá do meu lado, solto uma gargalhada: bom humor, por favor João. Agora voltando aos fios, posso afirmar a minha estranheza em relação a tantos cabos soltos, quebrados e juntos em um pequeno espaço. Também penso comigo que há uma falta de sintonia entre a altura dos fios e a altura dos caminhões que os atingem. Como pode? Não há um planejamento? Um bom senso? Não, não há, e a resposta está justamente na quantidade de fios quebrados e soltos pelas ruas, acentuando a falta de serviços básicos.

Conversando outro dia com um desses trabalhadores na área, ele me explicou que os fios que ele toma conta, são os mais fininhos, que os mais grossos são de outra companhia; que os de energia devem ficar acima desses de telefonia um metro e meio. Ri da explicação, que, a meu juízo, enquanto a explicação é válida, mas que no dia a dia, na prática, funciona precariamente, inclusive gerando prejuízos para todos; das empresas aos usuários e contribuintes. Concluo que pregamos capacidade, empatia, respeitabilidade, cumprimento das leis, mas que no nosso cotidiano, agimos sempre em proveito próprio, do lucro imediato e de uma falsa ideia de bons cidadãos. Então me pergunto: Tem jeito João? Respondo para mim mesmo: Sim João, tem jeito! Comece a melhorar em você e com você!

Trilha sonora / Pergunte ao João / Clementina de Jesus

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